Morreu Aura, um lince-ibérico icónico para a conservação da espécie
Morreu, aos 20 anos, Aura, um lince-ibérico icónico para a conservação da espécie.
Aura morreu no passado dia 27 de outubro, aos 20 anos e seis meses, no centro de reprodução em cativeiro El Acebuche, em Doñana, Espanha, deixando um recorde de mais de 900 descendentes, de cinco gerações diferentes, segundo o livro de registo do programa de conservação da espécie, citado pelo El País. Quando nasceu era um dos menos de cem linces-ibéricos existentes na Península Ibérica.
“Ela era um animal magnífico, com um caráter peculiar e mal-humorado, fazia o que queria quando queria. Foi muito fácil trabalhar com ela. Foi retirada do campo com cerca de três semanas e menos de um quilo de peso. Em 2018, quando parou de se reproduzir, foi colocada numa área de exposição e tornou-se a embaixadora da espécie para que visitantes e alunos pudessem ver seu comportamento”, explicou Antonio Rivas, coordenador do centro El Acebuche, ao diário espanhol.
Sublinhe-se que, geralmente, os linces vivem cerca de 15 anos em estado selvagem e raramente atingem os 20 anos em cativeiro.
Aura foi capturada e selecionada para o início do programa de conservação da espécie em Espanha, em 2002, para evitar que a espécie desaparecesse para sempre. Atualmente, existem, segundo os últimos dados, 1.365 exemplares em Portugal e Espanha.
Aura foi eutanasiada, para evitar o seu sofrimento, e transferida para o Centro de Análise e Diagnóstico de Fauna Selvagem em Málaga.