CURIOSIDADES

Sri Lanka defende acordo para enviar 100 mil macacos para zoológicos

O Governo do Sri Lanka defendeu esta quinta-feira um acordo com uma empresa chinesa, para enviar 100.000 macacos de uma espécie ameaçada de extinção, mas considerada prejudicial para plantações agrícolas, que serão exibidos em jardins zoológicos.

“Uma empresa chinesa fez um pedido para exibi-los em jardins zoológicos”, revelou o secretário do Ministério da Agricultura, Gunadasa Samarasinghe, durante um discurso televisivo.

O responsável justificou que os macacos não serão enviados de uma só vez, “mas em lotes”, e que estes não serão capturados em áreas florestais dedicadas à conservação, mas ao cultivo, onde “estes animais danificam gravemente as plantações”.

Samarasinghe assegurou que o Governo chinês “não tem nada a ver” com a proposta, feita por uma empresa durante uma visita de negócios ao Sri Lanka, e recentemente apresentada pelo ministro da Agricultura, Mahinda Amaraweera.

Esta proposta gerou críticas por parte de grupos de direitos dos animais, especialmente porque a espécie endémica de macaco do Sri Lanka está listada como ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

O Governo chinês também se distanciou deste plano, e a embaixada chinesa em Colombo referiu esta quarta-feira, em comunicado, que Pequim “sempre atribui grande importância à proteção da vida selvagem”.

O Sri Lanka continua atolado na pior crise financeira que enfrenta desde a sua independência do Império Britânico em 1948 e solicitou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) em março do ano passado.

Ambas as partes chegaram a um acordo inicial para o resgate urgente em setembro passado.

A crise que a ilha vive há mais de um ano é em parte atribuída a políticas fiscais erróneas e ao endividamento altíssimo, ao qual se soma a queda nas receitas em divisas durante a pandemia de covid-19.

A nação asiática tem uma dívida de cerca de 6.000 milhões de dólares (cerca de 5.470 milhões de euros) anuais para os próximos cinco anos, dez vezes mais do que as reservas em moeda estrangeira disponíveis no momento.

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