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José Tolentino Mendonça ganha prémio literário Sá de Miranda

‘Introdução à Pintura Rupestre’ de José Tolentino Mendonça foi o vencedor do prémio literário Sá de Miranda, promovido pela câmara de Amares em parceria com o Centro de Estudos Mirandinos. O atual cardeal foi uma escolha unânime dos três elementos do júri para receber os 7 500 euros de prémio.

A concurso estiveram cerca de 170 obras poéticas vindas de várias partes do Mundo, com destaque para o Brasil, país onde Sá de Miranda é estudado de forma relevante em várias universidades brasileiras. “O prémio literário Sá de Miranda nunca foi regional mas já não é só nacional, é, também, internacional”, referiu o presidente do júri.

Sérgio Guimarães de Sousa, destacou o facto de a obra vencedora se “composta por poemas evocativos de memórias pessoais, não raramente através de imagens impressivas e versos pautados por uma notável sensibilidade, ser, cumulativamente, a expressão de uma profunda revisitação da nossa memória coletiva enquanto povo”.

Coadjuvado pela professora da Universidade de Santiago, Isabel Móran Cabanas e por Anabela Costa, diretora da Biblioteca Municipal Francisco Sá de Miranda, o também professor universitário referiu, ainda, “a elevada maturidade literária da obra premiada, declinada em versos ora densos, ora pautados por uma simplicidade tocante, e implicitamente questionadores da condição humana”.

Sérgio Guimarães de Sousa reconheceu que “a dificuldade não é ler as obras, é filtrar os candidatos e chegar a uma short list final”. A reunião final de atribuição do prémio foi “consensual e a escolha “unânime”. Para o presidente do júri, “este é um prémio que fazia falta, estranho era não haver um prémio ligado a Sá de Miranda”.

Manuel Moreira
O presidente da Câmara de Amares marcou presença na sessão que reconheceu José Tolentino Mendonça agradecendo ao júri o trabalho que teve: “ler 170 obras é obra”, referindo que “desde que foi instituído em 2019, o prémio tem sido um sucesso”. Para o autarca, o prémio “dá nome e projeção ao humanista e poeta que foi Sá de Miranda e põe o nome do concelho tanto a nível nacional como internacional”.

Recorde-se que nas anteriores edições foram distinguidos Nuno Júdice com ‘Mito da Europa’ e a já falecida Ana Luísa Amaral como ‘Ágora’.

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