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Número de idosos vítimas de violência diminui em Vila Verde em 2022

Sete idosos foram alvo de violência doméstica em Vila Verde em 2022. No ano anterior, foram 10. Já em Amares, foram identificados quatro idosos em 2022, os mesmos que em 2021. Os dados são do mais recente relatório da APAV divulgado, pela altura, do Dia Internacional da Pessoa Idosa, comemorado, todos os anos, a 1 de outubro.

Terras de Bouro, não tem qualquer registo no relatório da APAV. No entanto, o distrito de Braga apresenta uma tendência em sentido contrário à nacional. O número de casos aumentou em 2022, passou de 168 para 181, com destaque para os concelhos de Braga (de 88 para 101), Guimarães (de 24 para 29) e Barcelos (de 10 para 13).

A seguir aparecem os concelhos de Famalicão (desce de 12 para 7 casos) e de Vila Verde (que passou de 10 para 7 casos). A nível nacional houve uma descida de 41,% de 2021 para 2022.

Perfil da vítima
No que diz respeito ao perfil da vítima, esta é geralmente do sexo feminino (cerca de 76,6%), com idades compreendidas entre os 65 e os 74 anos (49,3%). Homens vítimas de violência foram 356 em 2022, um muito ligeiro aumento (354 no ano anterior). Entre os 65 e os 69 anos foram sinalizadas 401 vítimas, e entre os 70 e os 74 anos, 347.

As vítimas são, na sua esmagadora maioria, portuguesas, tendo aumentado a violência em idosos com nacionalidade americana. Grande parte são reformados, seguida de pessoas com emprego e desempregadas.

Já o autor do crime é em cerca de 52,7% das situações do sexo masculino (813), seguido do sexo feminino (332) e com uma média de idades acima dos 65 (17%). Em 29,1% dos casos, a vítima é pai ou mãe do autor do crime (440 casos detetados), seguido de cônjuge (333).

Outro dado incluído no relatório diz que a duração dos maus tratos situa-se entre 2 a 6 anos (174) e entre 1 a 6 meses (92). A maioria dos maus tratos é infligida na residência comum e na residência da vítima. Segue-se a via pública e a internet e/ou telefone. As queixas são, sobretudo, apresentadas junto das forças de segurança, PSP e GNR.

“Reconhecendo que a violência contra as pessoas idosas constitui um problema social e de saúde pública, consideramos que o seu eficaz combate pode contribuir para um futuro mais inclusivo, onde todos sejam respeitados ao longo do ciclo de vida, nomeadamente no contexto de um envelhecimento ativo e saudável” refere a APAV.

A APAV apoia as pessoas idosas e as suas famílias, prestando-lhes apoio jurídico, psicológico e social; conta com a colaboração de outras instituições, públicas e privadas, e com os vizinhos e conhecidos das vítimas — cujo papel pode ser muito importante, sobretudo na denúncia das situações de violência.

“Estes crimes não podem ser remetidos ao silêncio”.

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