NACIONAL

Metade dos portugueses consegue satisfazer necessidades básicas, mas com dificuldades

A crise económica tem afetado a vida dos portugueses no último ano. Os cidadãos têm enfrentado vários desafios na gestão do orçamento familiar, como espelha o mais recente Observador Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance, sobre Poder de Compra, que revela que, tendo em conta o rendimento dos agregados familiares, 54% dos portugueses conseguem satisfazer as necessidades básicas, mas com dificuldades. Por outro lado, 38% dizem que conseguem satisfazer as necessidades básicas de forma confortável. É na faixa etária dos 45 aos 54 anos que se sente maiores dificuldades e o maior número de inquiridos que assumem dificuldades são da região do Porto.

No total, 62% referem ter dificuldades no pagamento de despesas, sendo que 58% dos inquiridos têm dificuldade em pagar despesas variáveis (alimentação, transportes, entre outras); 41% a mensalidade da casa (41%); e 40% despesas fixas, como água ou luz. 17% afirmam ainda não ter capacidade para suportar despesas extra e, entre os que conseguem, a média do valor não ultrapassa os 600 euros.

A média de rendimento mensal líquido do agregado dos inquiridos neste estudo situa-se nos 1 878 euros. No entanto, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), será inferior, de 1443 euros, apesar de ter aumentado 6,1% nos primeiros três meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. De acordo com o estudo, 48% deste valor é afeto a despesas fixas; 38% a despesas variáveis e apenas 14% é destinado a poupanças. É na faixa etária dos 45 aos 54 anos que é alocado um maior valor para despesas fixas (50%).

Recorde-se que, no início do ano, o Barómetro Europeu, também realizado pelo Cetelem, revelava que 81% dos portugueses afirmavam que os preços subiram “significativamente”, principalmente na alimentação (66%), nos gastos com a energia (53%), nas despesas com a habitação (50%) e nos transportes (48%).

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