Adiada sentença de cinco homens que terão burlado emigrante de Vieira do Minho em 1,5 milhões
O Tribunal de Braga adiou, esta quarta-feira, pela segunda vez, a leitura do acórdão do julgamento de cinco arguidos, um deles advogado, pronunciados por uma burla de 1,5 milhões de euros que lesou um casal de emigrantes de Vieira do Minho a viver em França.
O adiamento ficou a dever-se ao facto de o Tribunal ter procedido a uma alteração não substancial dos factos da acusação, o que o obriga a conceder 10 dias às partes para se pronunciarem.
A alteração acrescenta que Artur Brás, o lesado, terá entregue um cheque de 1,5 milhões a um dos arguidos, que o terá depositado na conta bancária da firma IBA – Portugal SGPS, constituída dias antes. Dessa verba, foi levantado 1,4 milhões de euros, que terão servido, entre outras coisas, para arrendar imóveis e alugar carros topo de gama para os arguidos.
Conforme o JN noticiou, o Ministério Público pediu, nas alegações finais, penas entre os quatro anos e seis meses e os dois anos de prisão, com suspensão da sua execução, para os arguidos
A magistrada deu como provado que atuaram para o enganar, dando-lhe uma garantia falsa para que adiantasse o dinheiro, pedindo, por isso, quatro anos e seis meses para o advogado Vítor Costa, quatro anos para Nuno Gonçalves, e dois anos para os outros três.
O advogado João Ferreira Araújo, que defende a vítima, Artur Braz, concordou com o MP, afirmando que o advogado foi figura central na burla, mas solicitou que as penas fossem suspensas, com a condição de lhe devolverem os 1,5 milhões.