‘Família’ de Mag Rodrigues em exposição única em Amares
Em 2021, a fotógrafa lisboeta, Mag Rodrigues, percorreu 15 lares de famílias arco-íris, para as conhecer e fotografar no seu ambiente natural. Encontrou na fotografia um modo de mostrar uma realidade invisível, onde existem vários tipos de famílias sustentadas pelo amor, respeito e educação.
Esta coleção esteve em exposição em locais emblemáticos como Maison de Portugal (Paris), e Theatro Circo (Braga) e vem agora à Galeria de Artes e Ofícios de Amares, em jeito de continuidade do mês do romance.
A iniciativa da Associação Cultural Caixa Negra, inaugura sábado, dia 1 de março, às 16h e manter-se-á em exibição durante todo o mês.
Mag Rodrigues, referenciada em meios de comunicação como o Jornal Público, Gerador e National Geographic Portugal, já retratou as profissões invisíveis no Hospital de Santa Maria, mulheres com doença mental, o património da vila de Rabo de Peixe, em São Miguel – Açores – e ainda continua a construir-se no mundo da Fotografia.
Segundo a autora, “Falar de família, hoje, obriga-nos a falar de famílias no plural. Vivemos tempos de enorme transformação (e contestação) nesta dimensão da vida nas sociedades modernas.
Uma família é sobretudo uma rede afectiva, consistente e estável, de partilha e de amor incondicional, normalmente constituída num espaço seguro denominado «casa». No universo LGBTQI+, dois homens, duas mulheres ou uma pessoa com filhos podem construir, têm construído e continuarão a construir esta casa.
Famílias constituídas por casais de pessoas do mesmo sexo, mães lésbicas, pais homossexuais e pais e mães bissexuais e/ou transgénero são os rostos da diversidade familiar que, contudo, não encontram representação no quotidiano português – que permanece dominado pela heteronormatividade.
O projeto fotográfico FAMÍLIA retrata famílias LGBTQI+ residentes em Portugal. São retratos na intimidade das suas casas, que pretendem oferecer visibilidade e representatividade a estas famílias, bem como demonstrar que em nada se distinguem de famílias ditas tradicionais”.