Paróquias de Amares recebem na visita pascal postal ilustrado por Sylvie Castro
Na semana Santa, que antecede a Páscoa, com o objetivo de dar continuidade à mensagem que Padre António Magalhães quer passar às comunidades (que são da sua responsabilidade), a artista amarense, Sylvie Castro concebeu uma aguarela muito particular, criada para ilustrar a Páscoa 2025.
Este ano, as comunidades paroquiais orientadas pelo Padre Nuno Oliveira também irão receber o mesmo postal.
Segundo Sylvie Castro, “o desafio lançado pelo Sr. Pe. Magalhães, revela-se, uma vez mais, extremamente interessante, fazendo referência ao Jubileu da Esperança, através da citação da Bula do Papa Francisco, ‘obrigando-me’ assim, a mergulhar mais fundo na palavra e no seu significado. A responsabilidade, cresce de ano para ano”. Recorde-se que o tema do Ano Santo é ‘Peregrinos da Esperança’
Segundo o Pe. Magalhães, “etava a imaginar Cristo Ressuscitado de costas, a caminhar em direção a (…). Cristo Ressuscitado pôr-se-ia a caminho na direção das pessoas (…). Pode haver outros sinais: Céu azul, Espírito Santo, um ou outro caminho florido…
Este pode ser um modo feliz de interpretar artisticamente a Bula do Papa Francisco, “Spes non confundit” que assinala o Ano Santo”.
Partindo destas premissas, a ilustradora, “mergulhada, desenhei e pintei de madrugada, o que o Espírito interiorizou…”.
Slvie Castro revela que esta foi “a representação mais poderosa e simbólica da Ressurreição, que alguma vez criei! Porquê? Porque, desafiada pelo Sr. Pe. António Magalhães, fui levada a “mergulhar” na imagem de Jesus Cristo a caminhar de costas, para transmitir uma sensação de movimento, de passagem — a transição entre o mundo terreno e o celestial. É uma perspetiva pouco comum, mas extremamente evocativa, pois convida o observador a seguir Jesus, a caminhar com Ele”.
Explicando um pouco melhor o trabalho artístico, diz que “Jesus Ressuscitado, a caminhar de costas com a pomba do Espírito Santo a tocar-lhe o ombro, é uma imagem profundamente simbólica que se alinha com a mensagem central do Jubileu da Esperança de 2025, proclamado pelo Papa Francisco na bula «Spes non confundit – a esperança não engana» (Rm 5, 5). A luz que emana das mãos de Cristo, iluminando tudo por onde passa (incluindo as flores lilás e roxas), representa visualmente essa ‘esperança que não decepciona’, um dom que o Papa deseja que alcance todos os corações, especialmente os mais feridos e desanimados”.
E explicita um pouco mais: “a pomba do Espírito Santo, com asas abertas a tocar no ombro de Jesus, simboliza a presença constante e consoladora do Espírito, que, segundo a bula, é o meio pelo qual ‘o amor de Deus foi derramado nos nossos corações’. Repare-se que a pomba do Espírito Santo possui grandes dimensões: união divina — Pai, Filho e Espírito. As asas abertas reforçam a ideia de proteção e de presença constante”.
Ainda sobre a sua criação, acrescenta: “o céu azul profundo serve como pano de fundo ideal para destacar a espiritualidade e a eternidade desse momento. É uma profunda metáfora da vida nova, da graça e da esperança que brotam da Ressurreição. Assim, estamos diante da Ressurreição, mas também da essência do Jubileu da Esperança: um convite à renovação da fé e à confiança na ação transformadora do amor divino”.