Secundária de Amares domina combate político na Assembleia Municipal
A escola secundária de Amares foi o tema dominante da Assembleia Municipal de Amares com o PSD e o PS a atirarem responsabilidades para cima um do outro. Do lado do PS coube a Monica Silva criticar todo o processo, do lado do PSD foi Mário Paula a assacar responsabilidades ao Governo socialista.
Mônica Silva acusou o PSD “de teimar em alterar a verdade dos factos”, não aceitando “as suas responsabilidades. Sacodem a água do capote e põem as culpas no PS. A autarquia falha nos projetos essenciais para os amarenses”. A deputada socialista lembrou que “foi com o PS que se viabilizou a construção e requalificação da Secundária”.
Para os socialistas “a rejeição da candidatura não foi surpresa. Quando questionamos o executivo, em fevereiro, sabemos agora que o projeto não estava pronto ao contrário do que disse o presidente da câmara”, Uma situação que Monica Silva diz “não perceber até porque todos sabíamos que o projeto deveria estar pronto em fevereiro”.
Recusando estar “com a consciência pesada”, Monica Silva referiu que o “PS está entristecido por não termos a requalificação no terreno e por mais voltas que o PSD dê, a responsabilidade é deste executivo”. Também a qualidade do projeto submetido avaliado em 2,5 pontos em 5 mereceu reparos: “analisem o projeto e tornem-no melhor. Pensem como podem melhorá-lo e torná-lo mais digno para os alunos, para a comunidade escolar e para o concelho”.
PSD
Coube a Mário Paula do PSD rebater as críticas do PS e a “falácia que o PS montou à volta da Secundária”. Lembrou que com a transferência de competências, “o governo PS responsabilizou-se em fazer as obras na secundária. Foi esta uma das contrapartidas celebradas e que não foi cumprida”.
Inicialmente, estavam elencadas 55 escolas no Norte para obras no valor de 750 milhões de euros. “Amares ficou com a classificação mais alta, de muito urgente. Classificação essa que apenas serviu para criar um número político porque como se viu agora não serve para nada”. Mário Paula disse ainda que dos 750 milhões foram apenas disponibilizados 130 milhões e “só a nossa escola precisa de 14 milhões”.
“O projeto está validado, ficou por ordem de entrada na 25º posição, e tem mais 30 escolas atrás de si, incluindo Braga. A classificação de muito urgente foi só uma manobra de diversão porque onde ficou essa classificação? Ficou, mais uma vez, no papel”.
O deputado social democrata recusa que “o executivo seja o bode expiatório” de um projeto com avanços e recuos por parte do Governo. “O PS não se preocupe que o peso que sentiu nos últimos 8 anos sobre o não avanço da requalificação da Secundária serão agora aliviados pelo Governo da AD”, através de um financiamento ao BEI.
Outros assuntos
Com a passagem de Carlos Rocha e de José João Carvalho para deputados independentes, outro dos assuntos prendeu-se com o Mosteiro de Rendufe, com o presidente da junta local a lamentar-se da desistência da empresa que ganhou o concurso público internacional que previa a construção de um hotel de charme.
José Antunes desafiou a câmara a ficar com a posse do edifício: “deveremos pensar todos o que queremos fazer para o espaço e a câmara deveria avançar com um projeto para uma candidatura que permitisse recuperar aquele espaço e pô-lo ao serviço da população.